MPS.BR, passos para implantação do  Nível G

Este texto tem por objetivo descrever os passos para implantação do MPS.br nível G.
Com a enorme dependência das empresas com os diversos softwares utilizados, o grau de exigência que o mercado busca de suas prestadoras de serviço é cada vez maior. O MPS.br foi uma metodologia desenvolvida por brasileiros, baseada e compatível com o CMMI, que visa dar uma previsibilidade de qualidade, referente aos processos que as empresas de desenvolvimento de software definem, e devem seguir na execução de diferentes projetos. O MPS.br é divido em 7 níveis de maturidade, sendo o menos maduro o G, ao mais maduro A.

Porque MPS.br?

Comparado ao CMMI, o MPS.br foi desenvolvido para ser adequado à implantação em micro e pequenas empresas, grande maioria da realidade brasileira. Seu principal fator competitivo é no quesito custo, otimização dos processos.

Passos para implantação

Conscientização: Este é um dos principais pontos, que quando concluído com a adesão da equipe, decidirá a facilidade e o sucesso dos processos, pois todos colaboradores da empresa precisam entender os benefícios, e vestir a camisa! O sugerido é que sempre comece da alta direção para os outros níveis.

  • Diagnósticos da situação: Entender como a empresa realiza seus processos, se está uniformizado, ou se cada um realiza de uma maneira. Será a base para análise do que precisa ser mudado.
  • Treinamento: Passar para a equipe, junto com os implantadores internos, passando a visão geral do MPS.br, sobre gerência de requisitos e gestão de projetos.
  • Mapeamento de processos: Apontar os processos, da forma como são executados hoje, se estão sendo de diversas maneiras por diversas pessoas, ou mesmo de diferentes maneiras pela mesma pessoa.
  • Detalhamento dos processos: Após o mapa de como esta sendo feito agora definido, começa o detalhamento de cada processo. Importante serem observados todos os meandros de cada procedimento, para evitar muitos ajustes nesses descritivos. Existem ferramentas como o Eclipse Process Framework, uma ferramenta livre que auxilia nessa minuciosa tarefa.
  • Treinamento do processo: Reunir a equipe, de preferencia em pequenos grupos, junto com o comitê de implantação, para repassar os processos que foram definidos. É uma boa pratica instigar algumas simulações para fixação do processo. Todos executores precisam ter acesso fácil aos documentos dos processos que eles podem realizar.
  • Avaliação dos projetos: Os próximos projetos, já devem ser instituídos com os processos que foram definidos, servindo como um piloto para verificar o que precisa ser ajustado. Detectar pontos fortes e a melhorar.
  • Simulados: Sugere-se fazer no mínimo três simulados ao longo da implantação, e fica a recomendação de contratar uma avaliador oficial para fazer uma avaliação de simulação, para adequar os pontos à melhorar antes da avaliação final.

 

Após todos os passos concluídos, e os simulados apontando que a empresa esta atendendo ao planejado/exigido, escolher o(s) projeto(s) que serão avaliados oficialmente. Para tal, é necessário fazer a agendar com um avaliador credenciado, que passará um dia na empresa, acompanhado das pessoas indicadas, para verificar se os processos estão de acordo, e atendem os níveis mínimos para obtenção da certificação. Lembra-se que os avaliadores, poderão a seu critério, entrevistar membros da equipe, para ouvir sobre como realizam os processos.
Autor: Ronaldo Cezar Grieger Fernandes