Geolocalização como forma de rastreamento de animais de estimação.

Durante as últimas décadas, os avanços tecnológicos foram os mais expressivos da história humana sendo que basicamente em todas as áreas do cotidiano das pessoas, o impacto pode ser notado. Os mais expressivos impactos é  o acesso à um repositório de conhecimento gigante, a internet, em qualquer lugar que possua sinal ou cobertura de um satélite e casado a isso, acesso a mini computadores de bolso que são os smartphones e dispositivos móveis que juntamente a eles trazem uma tecnologia bastante expressiva, a localização e geolocalização. 

Por sua vez, algo que também teve um grande aumento durante os últimos anos foi o número de animais de estimação presentes na casa de pessoas. Baseado no senso de realizado pelo IPB (Instituto Pet Brasil) em 2021, há cerca de 149,6 milhões de animais domésticos vivendo em lares no Brasil. Este dado faz com que o Brasil seja o país com a terceira maior população de animais de estimação do mundo.

O que é Geolocalização?

A geolocalização nada mais é do que a localização geográfica a partir das coordenadas de latitude e longitude, o termo surgiu no meio militar para auxiliar em tempos de guerra. A origem da tecnologia em si se deu durante a Guerra Fria onde a corrida espacial entre USSR e Estados Unidos estava em seu auge, e por ser uma guerra que não envolvesse conflitos armados diretos mas sim inovações tecnológicas e ideológicas entre os dois países. 

Durante a corrida espacial a URSS lançou o primeiro satélite em órbita, o Sputnik. A partir desse evento, cientistas americanos perceberam que conforme a distância do satélite sovietico a frequência das ondas de rádio eram diferentes, podendo assim ter uma ideia de onde o satélite estava na órbita. A partir dessas observações se viabilizou o uso das frequências de rádio para a determinação de localizações. 

Sua primeira aplicação então foi militar, e ao longo de sua evolução foi responsável pelo nascimento de uma das tecnologias mais importantes com o uso da geolocalização, o GPS. Entretanto existem diversos métodos para geolocalização cada um com sua especialidade, esses métodos são:

Radiofrequência

A Radiofrequência é uma técnica que se utiliza-se de emissões eletromagnéticas através de uma torres de comunicação que através disso, caso ache o dispositivo na sua área de cobertura, pode estimar a posição do receptor. Apesar de ser uma tecnologia viável, é de curto alcance pois exige que o dispositivo que está tentando achar esteja dentro da sua cobertura o que muitas vezes, pode não acontecer.

GPS e AGPS

GPS (Global Position System) é a tecnologia que vem à mente quando se pensa em geolocalização. É utilizada no cotidiano de todos os usuários de smartphones através de aplicativos como o Google Maps, Waze, Uber entre outros. Ela permite que se saiba onde se está no mundo com bastante precisão, com três satélites ou mais, presentes na órbita terrestre triangulam os sinais e envia as coordenadas para o smartphone, assim podendo saber sua posição no globo.

Existe também o AGPS que é uma evolução direta do GPS. Seu grande diferencial é a utilização de antenas de celulares para ajudar na localização, similar a radiofrequência que é outra tecnologia de geolocalização utilizada para localizar aparelhos. Isso faz com que o AGPS não dependa apenas de satélites o fazendo versátil em momentos que, apesar de serem raros, a cobertura dos satélites não seja satisfatória.

WiFi

É o método que se utiliza da intensidade do sinal de WiFi para a determinação do posicionamento do dispositivo. É por esse motivo um método bastante limitado em seu alcance, mas bastante eficiente no que promete cumprir.

Mas como essas informações se encaixam no rastreamento de animais?

Como já exposto, o número de animais de estimação no Brasil e no mundo cresce exponencialmente, e esses animais vêm das mais variadas formas. A  preferência no país é por cachorros sendo que 58% das residências os possuem como membros da família, os outros animais são gatos com 28% dos lares, 11% possuem aves e 7% peixes. Uma figura que é bastante parecida com a distribuição mundial sendo ela 33% cães, 23% gatos, 12% peixes e 6% aves.

Com isso fica claro uma maior apreciação por animais e naturalmente isso cria uma necessidade de oferecer mais e melhores amenidades para os pets, dessa forma, entretenimento, alimentação e especialmente segurança são colocados em destaque. Nesse contexto, o rastreamento de animais e os dispositivos que realizam essa funcionalidade surgem para sanar essas necessidades. Eles então se utilizam da tecnologia que foi explanada ao longo deste texto, a geolocalização que de suas raízes militares agora ajudam a proteger animais de estimação ao redor do mundo.

O que são os rastreadores de animais?

Os rastreadores para animais são em sua grande parte as coleiras que possuem um tracker GPS acoplado possibilitando a triangulação da posição e consequentemente do animal de estimação que estiver a usando. Essas coleiras podem ser compradas com esses trackers mas há também a opção de comprar aparelhos separados e adicioná-los nas coleiras. Alguns exemplos são aparelhos como o AirTag e ITag ambos produzidos pela Apple ou o Samsung Galaxy SmartTag que servem uma função mais generalista de tracking já que podem ser colocados tanto nos animais quanto em malas ou bolsas. 

 Possuindo uma interface para visualização da posição que pode ser acessada através de qualquer plataforma que suporta o aplicativo ou serviço, seja ela IOS, Android ou Windows, esses aparelhos de tracking possibilitam que o usuário tenha informações detalhadas para o monitoramento do animal de estimação seja onde quer que esteja, o vem se tornando indispensável nos atuais dias.

Conclusão

Atualmente o aumento de animais domésticos trouxe um grande mercado para amenidades e segurança. Dessa forma a geolocalização, tecnologia que já é usada em larga escala, se casa perfeitamente com as necessidades para o tracking dos animais, onde com um simples dispositivo é possível que se adicione uma camada de vigilância a mais para o conforto da pessoa e seu companheiro animal.

Autor: Guilherme Giachellin

Referências

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