Segurança relacionada à geolocalização

Quando estou compartilhando com o mundo ou meu circulo de amigos minha atual posição estou sendo descolado ou desligado aos perigos que me cercam?

Atualmente dispomos de vários modos de informar a uma rede social nossa posição física em tempo real. Para não perder foco, vou elucidar sobre a mais popular: o foursquare. Também conhecido em gírias por 4SQ, essa ferramenta não leva o titulo de mais popular de graça.

Diversos itens tornam a ferramenta interessante. Segundo o próprio site, acumula uma marca de mais de 3 bilhões de check’in e a data de nascimento vem de 2009. É uma ferramenta colaborativa.

O usuário pode cadastrar nome de ruas e avenidas e, com isso claro, pode ganhar pontos. Com essas e outras atividades realizadas você coleta pontos. Estes pontos são convertidos em “bagdes”. Quanto mais bagdes melhor. E pra isso vale check-in de madrugada, 6 vezes no mesmo lugar e no mesmo dia, entre outros. Você pode até mesmo ser o prefeito (mayor) virtual de um determinado estabelecimento.

Existem outras vantagens. De acordo com a sua localização, o sistema auxilia você na busca dos itens que forem efetuados do seu smartphone. Digite shopping e ele trará pra você a opção mais próxima.

Várias empresas pelo mundo perceberam a vantagem comercial da ferramenta. Alguns oferecem café, descontos e até mesmo pagamento em dinheiro por determinada quantidade de marcações em seus estabelecimentos. A premissa é simples, Pub com maiores números de check-in é Pub bem frequentado.

Mas ganhar um café pode custar caro. Num determinado artigo do The Guardian, o jornalista Leo Hickman deixa muito claro isso. Alguns usuários, inexperientes, despercebidos ou desinteressados, deixam seu perfil aberto para quem quiser acessar. Não sendo isso fonte suficiente de problemas, eles seguem fazendo check-in diário de toda sua rotina. Através dessas informações ele encontrou uma moça no site onde dizia todas as suas atividades, gostos etc. Também com a ajuda de um aplicativo da ferramenta de encontrar pessoas que estão a uma milha de distancia ele pode perceber que ela estava no mesmo bar que ele.

O termo utilizado é stalker. São caçadores virtuais de pessoas e suas informações na rede. Tem até um filme sobre isso. Riscos como assaltos e sequestros são itens que devem sim ser considerados pelas pessoas que usam estes aplicativos. Postar fotos com o seu carro luxuoso mais a placa e para onde você está indo pode ser um convite singelo a ter grandes problemas.

Como qualquer rede social, é importante tomar cuidados para que perigos deste gênero não aconteçam por descuidos nosso. O mundo já tem problemas suficientes, não precisamos ajudar a criá-los.


Autor: Rafael Teixeira