RPA – Robotic Process Automation

A automação de processos robóticos, do inglês Robotic Process Automation (RPA) é uma forma emergente de tecnologia de automação de processos de negócios baseada na noção de robôs de software ou de trabalhadores de inteligência artificial.

Em ferramentas tradicionais de automação de fluxo de trabalho, um desenvolvedor de software produz uma lista de ações para automatizar uma tarefa e interface para o sistema back-end usando interfaces de programação de aplicativos internos (APIs) ou linguagem de script dedicada. Em contraste, os sistemas RPA desenvolvem a lista de ações observando o usuário executar essa tarefa na interface gráfica com o usuário (GUI) do aplicativo e, em seguida, executa a automação repetindo essas tarefas diretamente na GUI. Isso pode diminuir a barreira do uso de automação em produtos que, de outra forma, não teriam APIs para essa finalidade.

As ferramentas do RPA têm o objetivo de substituir tarefas repetitivas, operacionais e de baixa importância. Deixando assim as pessoas livres para atuar em atividades que exigem o uso de julgamentos, da razão, de sentimentos e de fatores humanos que contribuem para a inovação de qualquer empresa. Todos os sistemas que operam sem a mínima integração e que demandam toda uma equipe para tabular dados e preencher planilhas serão manipulados por robôs, que executarão cada tarefa com uma velocidade muito maior do que uma pessoa.

Os RPA têm fortes semelhanças técnicas com as ferramentas de teste da interface gráfica do usuário. Essas ferramentas também automatizam as interações com a GUI e geralmente o fazem repetindo um conjunto de ações de demonstração executadas por um usuário. As ferramentas do RPA diferem desses sistemas, incluindo recursos que permitem que os dados sejam manipulados em e entre vários aplicativos, por exemplo, recebimento de email contendo uma fatura, extração de dados e, em seguida, digitação em um sistema de contabilidade.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RPA

Como uma forma de automação, o conceito de RPA existe há muito tempo na forma de screen scraping, mas a primeira é considerada uma evolução tecnológica significativa dessa técnica, no sentido de que novas plataformas de software estão surgindo, que são suficientemente maduras, resilientes, escalável e confiável para tornar esta abordagem viável para uso em grandes empresas. (NEW SCIENTIST, 2015).

Como exemplo de até que ponto a tecnologia se desenvolveu desde a sua forma inicial na raspagem de telas, é útil considerar o caso citado em um estudo acadêmico.  Usuários de uma plataforma da Xchanging, empresa global sediada no Reino Unido que fornece processamento de negócios, tecnologia e serviços de compras em todo o mundo, antropomorfizou seu robô em uma colega de trabalho chamada “Poppy” e até convidou “ela” para a festa de Natal.  Esse exemplo serve para demonstrar o nível de intuição, engajamento e facilidade de uso das modernas plataformas de tecnologia RPA, que leva seus usuários (ou “treinadores”) a se relacionar com eles como seres, em vez de serviços de software abstratos. (WILLCOCKS, LACITY E CRAIG, 2015).

OS IMPACTOS DO RPA

3.1 Impactos no mercado de trabalho 

De acordo com a Harvard Business Review (2014), a maioria dos grupos de operações que adotaram a RPA prometeu a seus funcionários que a automação não resultaria em demissões. Em vez disso, os trabalhadores foram realocados para fazer um trabalho mais interessante.  Um estudo acadêmico destacou que os trabalhadores do conhecimento não se sentem ameaçados pela automação: eles adotaram e viram os robôs como companheiros de equipe. O mesmo estudo destacou que, ao invés de resultar em um menor número de funcionários, a tecnologia foi implantada de forma a alcançar mais trabalho e maior produtividade com o mesmo número de pessoas.

Por outro lado, alguns analistas afirmam que a RPA representa uma ameaça para a indústria de Business Process Outsourcing (BPO). A tese por trás dessa noção é que a RPA permitirá que as empresas “repatriarem” processos de locais offshore em data centers locais, com o benefício dessa nova tecnologia.  O efeito, se for verdade, será criar trabalhos de alto valor para designers de processos qualificados em locais onshore (e dentro da cadeia de fornecimento de hardware de TI, gerenciamento de data center, etc.), mas para diminuir a oportunidade disponível para offshore de trabalhadores pouco qualificados.  Por outro lado, esta discussão parece ser um terreno saudável para o debate, já que outro estudo acadêmico se esforçou para combater o chamado “mito” de que a RPA trará muitos empregos do exterior. (SLABY, 2012).

Impactos na sociedade

Estudos acadêmicos projetam que a RPA, entre outras tendências tecnológicas, deverá impulsionar uma nova onda de ganhos de produtividade e eficiência no mercado de trabalho global.  Embora não seja atribuída diretamente à RPA, a Universidade de Oxford estima que até 20% de todos os trabalhos podem ter sido automatizados até 2035.

Em uma palestra do TEDx organizada pela UCL em Londres, o empreendedor David Moss explicou que a mão-de-obra digital na forma de RPA não apenas revolucionará o modelo de custo da indústria de serviços ao reduzir os preços de produtos e serviços, mas é provável que aumente os níveis de serviço, a qualidade dos resultados e crie maiores oportunidades para a personalização dos serviços.  (JEE, 2016).

Enquanto isso, o professor Willcocks (2015), autor do artigo de LSE, fala de maior satisfação no trabalho e estímulo intelectual, caracterizando a tecnologia como tendo a capacidade de “tirar o robô do humano”, uma referência ao “A noção de que os robôs assumirão as porções mundanas e repetitivas da carga de trabalho diária das pessoas, deixando-as reposicionadas em papéis mais interpessoais ou concentradas nas partes restantes, mais significativas, de seus dias”.

IMPLEMENTAÇÃO DO RPA EM EMPRESAS

De acordo com a iCaptor a implementação de um RPA, ao contrário de outras ferramentas de TI, é bem simples. Existem processos de pequenas e médias empresas, para as quais desburocratizar e cortar algumas fases é essencial para alcançar rápidos resultados.

Uma implementação bem sucedida começa por encontrar os processos da empresa que poderiam se beneficiar do RPA. Para começar, é necessário realizar uma avaliação de alto nível de quais processos e tarefas podem ser robotizados.

A segunda fase desse processo envolve a seleção de um provedor de RPA, começando por obter informações sobre os requisitos técnicos e os critérios de avaliação. O processo de seleção, muitas vezes, é uma oportunidade para que os fornecedores mostrem como eles atendem aos seus requisitos.

A fase seguinte inclui a facilitação do piloto para as áreas de processo selecionados na fase 1 e 2. Durante esse passo a robotização será explorada de ponta a ponta para mostrar toda a extensão da tecnologia RPA. É importante garantir que os recursos de capital humano sejam treinados e estejam prontos para executar o plano de implementação. Essa etapa também envolve o suporte e o teste do ambiente de TI. Além disso, as atividades de implementação precisarão ser documentadas, rastreadas e concluídas de acordo com o plano inicial.

Se ocorrerem erros, esse é o momento de aprimorar e fazer modificações finais antes da revisão das partes interessadas. Assim, esse momento estabelece as bases para futuros modelos operacionais para uma transição suave para a estratégia RPA de longo prazo definida na Fase 1 e gerenciada na Fase Final.

A fase final é a hora de lançar a solução RPA bem-sucedida, que inclui o lançamento inicial do RPA, bem como o planejamento do sucesso contínuo do software RPA por meio da manutenção proativa.

A estratégia deve incluir um modelo de governança, um modelo operacional, uma estrutura organizacional e uma estratégia de gerenciamento de mudanças da solução RPA. Suas principais tarefas na fase final são:

  • colocar o modelo estratégico final em vigor;
  • determinar o modelo operacional, a governança e o sistema de priorização de processos;
  • fazer a gestão do plano de gerenciamento e de comunicação de mudanças em curso. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE RPA

A partir dessas informações é possível considerar que um RPA pode ser uma solução definitiva para a otimização dos processos de uma empresa. Com ele, torna-se desnecessário atualizar os sistemas para outros mais pesados e complexos. O RPA é uma solução definitiva, que aproveitará todo o legado dos seus sistemas atuais.

Dessa forma, em vez de contratar um ERP que faz tudo, é possível aproveitar a ferramenta de CRM e integrá-la com outros sistemas, sem ter que se preocupar em ter a tecnologia mais recente e mais completa de gestão empresarial. Basta investir em um bom RPA e contratar novos sistemas à medida que uma demanda real surgir.

Seja RPA, chatbots ou tecnologias de planejamento de projetos, cada vez mais empresas estão tentando se preparar para o futuro do trabalho. No local de trabalho, a tecnologia ultrapassada pode prejudicar a retenção e, em um mercado de funcionários, as empresas competirão por expertise, aumentando assim o preço dos salários. Ao criar uma cultura de local de trabalho mais fluida, as empresas estarão em melhor posição para competir a longo prazo.

Saul Vilasboa

Um pouco sobre Bootstrap

 

 

 

 

 

 

Desenvolva com facilidade e praticidade.

Principal Framework CSS usado em front-end de aplicações web, com seus recursos, tornam o desenvolvimento de páginas mais fácil, páginas que se adaptam a diversos tamanhos de tela.

Conceito

Bootstrap é um conjunto de componentes correlacionados para ajudar a desenvolver interface com o usuário de forma ágil e fácil. Foi criado em agosto de 2011 pelos desenvolvedores do Twitter, Mark Otto e Jacob Thorton. Tem como objetivo central fornecer ao usuário uma facilidade de desenvolvimento de layouts pré-configurados, tanto para questão de produtividade como também da questão da responsividade.

Customização, responsivo e documentação são as principais características do Bootstrap. Pois a customização é rápida e fácil, responsividade torna o site mais responsivo e a documentação conforme o site do desenvolvedor, mostra que é bem simples e prático de aprender tornando a implementação fácil. Geralmente usado em frond-end, mas atualmente é utilizado em back-end, pois suas ferramentas visuais tornam o visual dos projetos avançados mais aperfeiçoado. Dessa forma, o usuário fica mais familiarizado com o sistema.

Incluso em seu conjunto de recursos, se encontram o HTML 5, CSS 3, Jquery, Node, JavaScript, Ajax. Dessa forma, ao baixar o pacote Bootstrap, não será mais preciso baixar os plug-ins do Jquery por exemplo, pois já faz parte do pacote do Bootstrap.

Rápido

Bootstrap é rápido por quatro motivos:

  1. Seus arquivos tem um tamanho bem pequeno.
    1. js tem no máximo 83kb;
    2. css tem no máximo 98kb
    3. webfont tem no máximo 144kb.
  2. Carrega só o que precisa, somente o que for utilizado no projeto.
  3. Escrever menos código, não precisará definir todo o layout do formulário, pois irá usar classes pré-definidas e melhorar o layout do formulário sem precisar codificar mais nada por exemplo.
  4. Utiliza o sistema de Grids, principal enfoco do Bootstrap, por causa das 12 colunas que se trabalha de forma dinamizada da ferramenta.

 Fases do Bootstrap:

  • Versão 1 – Somente disposto para facilitar o desenvolvimento para desktops. Não tinha os conceitos ligados a responsividade de acordo com outros dispositivos, exemplo tablets, smartphones.
  • Versão 2 – Desenvolvimento para desktop com adaptação para tablete e por fim smartphones. Foi implementado a responsividade para dispositivos móveis.
  • Versão 3 – Surgiu o conceito de mobile first, que é justamente a questão da responsividade inicial para mobile para posteriormente adaptação dos desktops. Inverso da segunda versão.
  • Versão 4 – Realizado a mudança do modelo Less para o Sass, deixando a compilação mais rápida. Fim do suporte para IE8 e lançamento do Bootstrap themes.

Sistema de grade (Grids System) é responsivel e permite até 12 colunas através da página. Tem 4 tipos de classes, dependendo do dispositivo e pode ser ntegrado com outro para criar layouts flexíveis. O layout de sites que são visualizados tanto em navegadores de desktops ou mobile, são de extrema importância, pois o uso das grids, tem o papel de ajustar o layout conforme o tamanho da tela. Assim, tornando sistemas de grade útil.

Bootstrap fornece ferramentas para a construção de sites e aplicações modernas, agregando recursos dinâmicos. Sendo uma ferramenta gratuita e de fácil acesso, vale muito a pena o uso de Bootstrap em projetos mais avançados.

Autor Douglas Beux
Fontes:
Baseado em http://www.ericplatas.com.br/artigos/introducao-bootstrap-framework/.
Adaptado de https://imasters.com.br/design-ux/design-responsivo/7-razoes-para-desenvolver-seus-web-designs-no-bootstrap/?trace=1519021197&source=single.
Adaptado de https://www.youtube.com/watch?v=0o2GWZ0uUeY&t=1839s.

A importância do mapeamento de processos nas organizações

Somente no mapeamento de processos conseguimos definir visivelmente as falhas, pois assim fica muito mais fácil instituir a melhoria contínua e realizar os ajustes quando necessário. Podemos também identificar os gargalos, demilitar os responsáveis pelas etapas, atividade, processo, estimar os recursos necessários, mão de obra, insumos e estimar tempo de produção. Podemos também definir os padrões dos procedimentos da gestão e do operacional, checklists, definir e revisar funções, responsabilidades e autoridades, definir as atividades que necessitam registro criando formulários padrões, eliminar o re-trabalho para otimizar o tempo disposto. Continue lendo “A importância do mapeamento de processos nas organizações”

ISO 9000: A importância das auditorias de qualidade

ISO 9000 é um conjunto de normas e técnicas, sendo utilizadas em diversas organizações. ISO é o termo designado para “International Organization for Standardization”, tendo sua origem na Suíça, em 1947, por uma instituição sem vínculos governamentais, que atua na área de qualificação dos produtos, processos, materiais e serviços. Continue lendo “ISO 9000: A importância das auditorias de qualidade”

O que é a ISO/IEC 9126?

iso2Recentemente notou-se um enorme crescimento na área de desenvolvimento de softwares, pois houve um aumento nas demandas por programas que satisfaçam as necessidades dos consumidores de numerosos segmentos. Isso trouxe a necessidade de softwares que sejam de maior qualidade.
Surgiu então a norma ISO/IEC 9126, com o objetivo de avaliar a qualidade do produto de software. Esta norma é composta por vários atributos e métricas que devem ser abordados em um software para que ele seja caracterizado um “software de qualidade”. Continue lendo “O que é a ISO/IEC 9126?”

A importância do teste de softwares/sistemas

Analise de VulnerabilidadesEste artigo visa mostrar os benefícios e a melhoria contínua na produção de software a partir dos testes em sistemas desenvolvidos, evitando o retrabalho e garantindo assim excelência e qualidade no desenvolvimento de sistemas ou propriamente na qualidade do software das empresas, utilizando o controle de qualidade e o modelo de referência para melhoria do processo de software bem como testes para garantia da boa funcionalidade visando a satisfação e evitando o trabalho dobrado por parte dos desenvolvedores. Continue lendo “A importância do teste de softwares/sistemas”

Qualidade de processos. Por onde iniciar?

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Para que se tenha uma real mudança no quesito qualidade do processo, todos os envolvidos devem estar com suas ideias alinhadas, todos devem saber que uma mudança sempre trará consigo resistências, seja por parte da alta administração, ou por parte do próprio funcionário no atributo de suas funções.

Para que tenhamos sucesso na implantação da qualidade de processos, devemos principalmente saber promover as ideias e provar que a implantação trará os resultados esperados e podem fazer com que a empresa tenha um ganho de desempenho, um ganho financeiro, um ganho nas reduções dos retrabalhos. Após isso devemos definir e documentar um plano de ação para realizar estas mudanças. Continue lendo “Qualidade de processos. Por onde iniciar?”